Os meus sonhos são mais belos que a conversa alheia

 

Não faço visitas, nem ando em sociedade alguma - nem de salas, nem de cafés.

Fazê-lo seria sacrificar a minha unidade interior, entregar-me a conversas inúteis,

 furtar tempo senão aos meus raciocínios e aos meus projectos,

 pelo menos aos meus sonhos, que sempre são mais belos que a conversa alheia. 

Devo-me a humanidade futura.

 Quanto me desperdiçar desperdiço do divino património possível dos homens de amanhã; 

diminuo-lhes a felicidade que lhes posso dar e diminuo-me a mim-próprio, 

não só aos meus olhos reais, mas aos olhos possíveis de Deus. 

Isto pode não ser assim,

 mas sinto que é meu dever crê-lo. 

- Inéditos