Pausa para café

 

Sempre fui da opinião, que a felicidade tem como contíguo a imprevisibilidade.

Aquela sensação de trilhar um caminho, sem saber o que nos espera, porque olhamos, e o que vemos em frente, é um caminho bromado.

Na vida, existem diversas oportunidades, com um corolário imponderável, todavia é isso que me faz viver.

Mesmo alcançando o intento que pretendia, falta-me me sempre algo.

Nada é mais intricado que o hábito, mais obscuro que o paradigma, mais subversivo que o previsível.

Por saberes o que pretendia, não fomos a lado nenhum.

E talvez por ser irrealizável, fez avolumar o meu fogo, tudo o resto, é morno, não me faz sentir vontade de arriscar.  

E, o risco faz parte, da minha vida.

De que vale, viver sem risco?

Pode magoar, ferir.

Mas valia a pena, se por um minuto fosse palpável, tangível, real, verdadeiro.

Todos os dias, arriscava um pouco, pedia mais pouco, exigia mais um pouco, queria a tua atenção por um pouco.

Esse parco, para mim servia.

Com os erros, cresço.

Com lágrimas, aprendo.

Com sentimentos, vivo.

E, esse fogo, me fez sentir inábil.

Tentei, até ao fim, para saber que não vou tentar mais.

Precisei, arriscar, para saber que não devo arriscar mais.

Tentei, sem medos, mas a tremer.

Arrisquei, perdi, mas nem por isso morri.

É preciso saber viver.

Nem tudo na vida, são vitórias, e quanto mais exigir de mim, mais o risco de fracassar será iminente, mas por eu ser assim, sei que a cada dia me torno mais forte, lutadora e melhor.

Descobri a minha força, para viver, a vida é uma luta constante, pois que assim seja, estou pronta.

Valeu a pena, o nosso café, obrigado!

L.T